.vá subindo. rodopiando a página de baixo pra cima. antes pode ler um pedaço de mim cá ao lado. depois da leitura rodopiante arrodeie pela direita. de cima pra baixo. leia. ouça. veja. e sinta.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

FLORESTA NEGRA, ficção, miniDV. 2010 . unisinos.

Em meio à sua vida, ela encontra uma chave que liberta antigos fantasmas presos em uma casinha na árvore.
Ela pensou tê-los aprisionado para sempre, mas mesmo enterrando-os com um baú de bonecas eles ainda se fazem ouvir.
Uma obscura fábula sobre doces, sabores e uma infância infeliz.



Direção e Roteiro: Anderson Meinen . Produção: Naná Baptista . Assistente de Direção: Lilian Filha . Direção de Fotografia: Daniel Donato . Direção de Arte: Maria Elisa Dantas e Anderson Meinen . Assistente de Arte: Tomaz Afonso Teixeira . Figurinos: AnadasLoucas (Ana Gabriela Ipinski) . Assistente de Figurino: Joe Nicolai Amorim . Maquiagem: Amanda Haggemann . Cabelos: Joe Nicolai Amorim . Montagem: Fernando Rezzadori . Direção de Som: Fabiana Both . Captação de som e Mixagem: Fabiana Both . Mixagem e Masterização: Rafa 16 . Montagem: Fernando Rezzadori . Assistência de Produção: Matheus Saccomori . Animação: Anderson Meinen e Joe Nicolai Amorim . Trilha musical composta pela banda Alandelon ( www.myspace.com/aldln )

Com: Luiza Ollé, Graziela Gallicchio e Victória Duarte


Novembro/2010 - 18º Gramado CineVideo (RS)
>> exibido em Festival do Video Brasileiro (Mostra Competitiva)


resenha, por Gabriela Vidal em: http://nadaemais.blogspot.com/2010/12/floresta-negra.html

PEQUENINA, ficção, miniDV, 16'22", 2009 . unisinos.

No interior de um vagão abandonado, uma menina se descobre parte de um mundo mágico com seus encantamentos e pavores.
Nessa viagem imóvel e nostálgica, acaba por descobrir a si e a natureza ao seu redor, através da beleza e simplicidade que emana das pequenas coisas.


direção e roteiro: Naná Baptista . direção de fotografia: Daniel Donato . produção: Anderson Meinen . direção de arte: Maria Elisa Dantas . montagem: Marco Antônio Nunes e Naná Baptista . som direto: Audrey Pereira . desenho de som e trilha sonora: Rafa "16" Rodrigues .



Pequenina por aí:

Janeiro/2010 - 7º Festival de Cinema de Campo Grande (MS)
>> Mostra Competitiva

Julho/2010 - 1º Festival de Cinema de Vársea (SP)
>> finalista do Rachão de Vídeos no Campo Barcelona!


Agosto/2010 - 15º Festival Brasileiro de Cinema Universitário (RJ)
>> recebeu o prêmio destaque em Contribuição Artística "Pela representação de um mundo sensorial, que utiliza os criativos ruídos sonoros para ilustrar o reconhecimento do mundo pela jovem personagem, e que constrói um universo artístico singelo e expressivo, o júri decidiu conceder o destaque em CONTRIBUIÇÃO ARTÍSTICA ao filme
Pequenina"
>> e presenteou a UNISINOS com uma vaga no Projeto Sal Grosso: o SOM!

Agosto/2010 - 21º Festival Internacional de Curtas Metragens de São Paulo - Kinofórum (SP)
>> exibido na Mostra Cinema em Curso II

e logo mais:
em Janeiro/2011 - 1º CineCipó - Festival de Cinema Sócio-Ambiental da Serra do Cipó (MG)

crítica querida do amigo Valente: http://www.revistacinetica.com.br/fbcu10dia4.htm

Achei também um pouco da Bella, companheira mór dos pic-niques (em cima da árvore!) e apresentações de trabalhos mirabolosos.

Saudades gigantes da moça que mora em London...

- Bella! muitos beijos meus para você, preta!



Procura-se Ósculos

(para Naiara)


Alguém viu meus ósculos?

Perdi-os

se é que ósculos se podem ser perdidos

Não é algo que se esqueça em cima da TV

ou da estante

Creio que os perdi no travesseiro

sem perceber em noite de sonho intenso


Perdi meus ósculos

não me sobrou nenhum

Não fiz economia

Disseram-me que

regado com amor próprio

era recurso renovável

Disperdicei alguns bocados em lábios frios

mecanizados

Dos roubados recuperei uns poucos

Mas e agora?

Perdi a conta

os beijos dados foram

perdidos ou achados?

Como saber se os ósculos carinhosos que doei

foram guardados em caixinhas de lembranças mágicas

ou em seguida apagados com desprezo por uma mão enojada

Sem futuro com certeza foram

os três beijinhos de cortesia

para gente que nunca mais vi na vida


Acode, acode, acode

O meu saldo é negativo

Empresta logo os seus ósculos

Que já já eu devolvo.

26/06/2000

Isabella Freire Wanderley


*tanto ósculo assim bem guardadim num papel embrulhadim e bem pautado por ti. ;)

Estive em Brasília vasculhando papéis e achei, bem dobradinho, umas letras de um grandessíssimo amigo dos tempos do colégio (ah! um tempo sem fim).
De Guilherme Neves Pinto, escritos fofos que merecem ser lembrados. :}

Com sua licença, visse?!
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Nayarae Artistopocuss Idealia é uma flor e isso é o máximo que se pode dizer dela sem chateá-la, afinal ela odeia rótulos, se ela ficar chateada já era, como nômade que é vai embora e só volta quando quiser.

A Naiara, nome usual da flor, é uma flor cuja definição de atípica nem de longe revelaria sua natural esquisitice, sua origem se dá da lenda da rosa revoltada, que aqui deve ser contada:

A LENDA DA ROSA REVOLTADA

Outra vez nasce outra rosa comum, em outro jardim ordinário, onde a água que as rega vem do reservatório central e não da chuva. Nós humanos não reparamos, mas entre flores também há contendas e destemperanças, certa feita no meio do canteiro uma rosa se revolta:
- Estou cansada dessa mesmice suicida, acordar uma vez por ano e ser domesticada, tratada como burguesa, antes fosse grama que vive de tudo um pouco, mas cá estou eu, não tenho nada, uma beleza ignóbil e essa falta de liberdade, tenho que achar uma solução...

Essa rosa, que além de rosa era cientista, foi, devagar mas sem cessar, determinando a solução de seu problema. O resultado disso foi a semente de uma flor que seria única e eterna, uma semente com inclinações artísticas e idéias divagantes, que pudesse crescer em qualquer lugar onde houvesse água, que se alimentasse da maneira que bem quisesse e que tivesse mobilidade para ir, vir ou ficar... daí saiu a semente de Nayarae, a Naiara.

A rosa já nem era mais rosa, era alegria, porém no dia que outras rosas descobriram que ela havia criado uma flor com tanta audácia a despedaçaram, impedindo a criação da segunda semente. Naiara foi jogada às águas do mar, as rosas malvadas acreditavam que assim morreria, pelo contrário, foi de lá que tirou forças para germinar.

Aqui a lenda confunde-se com a realidade e sabemos que Naiara saiu de dentro de uma ostra, do fundo do mar, lançou suas raízes sob a água e emergiu minutos antes de aparecerem seu caule e folhas. Sua flor abre-se só quando quer, na hora que quer, nutre-se de qualquer coisa, quando julga-se observada fecha-se toda, mas quando quer se exibir muda de cor na frente de quem estiver, ela mora por enquanto num planalto qualquer, mas vive no mundo, desde que por onde passe haja água, sua garantia de locomoção, de liberdade, de contato com a cachoeira, o mangue e o mar, há quem diga que já viu Naiara até dançando em terra firme, mas na maioria das vezes é na água, tirando o pólem de sua flor, assim como quem raspa a cabeça, que Naiara é conhecida.


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tá sem data, mas acho que foi em 2001. Entre o segundo grau e o Calangalado.
:: conserva-se a grafia do rapaz naquela época ;)



Brigadú, Gui!