.vá subindo. rodopiando a página de baixo pra cima. antes pode ler um pedaço de mim cá ao lado. depois da leitura rodopiante arrodeie pela direita. de cima pra baixo. leia. ouça. veja. e sinta.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

FLORESTA NEGRA, ficção, miniDV. 2010 . unisinos.

Em meio à sua vida, ela encontra uma chave que liberta antigos fantasmas presos em uma casinha na árvore.
Ela pensou tê-los aprisionado para sempre, mas mesmo enterrando-os com um baú de bonecas eles ainda se fazem ouvir.
Uma obscura fábula sobre doces, sabores e uma infância infeliz.



Direção e Roteiro: Anderson Meinen . Produção: Naná Baptista . Assistente de Direção: Lilian Filha . Direção de Fotografia: Daniel Donato . Direção de Arte: Maria Elisa Dantas e Anderson Meinen . Assistente de Arte: Tomaz Afonso Teixeira . Figurinos: AnadasLoucas (Ana Gabriela Ipinski) . Assistente de Figurino: Joe Nicolai Amorim . Maquiagem: Amanda Haggemann . Cabelos: Joe Nicolai Amorim . Montagem: Fernando Rezzadori . Direção de Som: Fabiana Both . Captação de som e Mixagem: Fabiana Both . Mixagem e Masterização: Rafa 16 . Montagem: Fernando Rezzadori . Assistência de Produção: Matheus Saccomori . Animação: Anderson Meinen e Joe Nicolai Amorim . Trilha musical composta pela banda Alandelon ( www.myspace.com/aldln )

Com: Luiza Ollé, Graziela Gallicchio e Victória Duarte


Novembro/2010 - 18º Gramado CineVideo (RS)
>> exibido em Festival do Video Brasileiro (Mostra Competitiva)


resenha, por Gabriela Vidal em: http://nadaemais.blogspot.com/2010/12/floresta-negra.html

PEQUENINA, ficção, miniDV, 16'22", 2009 . unisinos.

No interior de um vagão abandonado, uma menina se descobre parte de um mundo mágico com seus encantamentos e pavores.
Nessa viagem imóvel e nostálgica, acaba por descobrir a si e a natureza ao seu redor, através da beleza e simplicidade que emana das pequenas coisas.


direção e roteiro: Naná Baptista . direção de fotografia: Daniel Donato . produção: Anderson Meinen . direção de arte: Maria Elisa Dantas . montagem: Marco Antônio Nunes e Naná Baptista . som direto: Audrey Pereira . desenho de som e trilha sonora: Rafa "16" Rodrigues .



Pequenina por aí:

Janeiro/2010 - 7º Festival de Cinema de Campo Grande (MS)
>> Mostra Competitiva

Julho/2010 - 1º Festival de Cinema de Vársea (SP)
>> finalista do Rachão de Vídeos no Campo Barcelona!


Agosto/2010 - 15º Festival Brasileiro de Cinema Universitário (RJ)
>> recebeu o prêmio destaque em Contribuição Artística "Pela representação de um mundo sensorial, que utiliza os criativos ruídos sonoros para ilustrar o reconhecimento do mundo pela jovem personagem, e que constrói um universo artístico singelo e expressivo, o júri decidiu conceder o destaque em CONTRIBUIÇÃO ARTÍSTICA ao filme
Pequenina"
>> e presenteou a UNISINOS com uma vaga no Projeto Sal Grosso: o SOM!

Agosto/2010 - 21º Festival Internacional de Curtas Metragens de São Paulo - Kinofórum (SP)
>> exibido na Mostra Cinema em Curso II

e logo mais:
em Janeiro/2011 - 1º CineCipó - Festival de Cinema Sócio-Ambiental da Serra do Cipó (MG)

crítica querida do amigo Valente: http://www.revistacinetica.com.br/fbcu10dia4.htm

Achei também um pouco da Bella, companheira mór dos pic-niques (em cima da árvore!) e apresentações de trabalhos mirabolosos.

Saudades gigantes da moça que mora em London...

- Bella! muitos beijos meus para você, preta!



Procura-se Ósculos

(para Naiara)


Alguém viu meus ósculos?

Perdi-os

se é que ósculos se podem ser perdidos

Não é algo que se esqueça em cima da TV

ou da estante

Creio que os perdi no travesseiro

sem perceber em noite de sonho intenso


Perdi meus ósculos

não me sobrou nenhum

Não fiz economia

Disseram-me que

regado com amor próprio

era recurso renovável

Disperdicei alguns bocados em lábios frios

mecanizados

Dos roubados recuperei uns poucos

Mas e agora?

Perdi a conta

os beijos dados foram

perdidos ou achados?

Como saber se os ósculos carinhosos que doei

foram guardados em caixinhas de lembranças mágicas

ou em seguida apagados com desprezo por uma mão enojada

Sem futuro com certeza foram

os três beijinhos de cortesia

para gente que nunca mais vi na vida


Acode, acode, acode

O meu saldo é negativo

Empresta logo os seus ósculos

Que já já eu devolvo.

26/06/2000

Isabella Freire Wanderley


*tanto ósculo assim bem guardadim num papel embrulhadim e bem pautado por ti. ;)

Estive em Brasília vasculhando papéis e achei, bem dobradinho, umas letras de um grandessíssimo amigo dos tempos do colégio (ah! um tempo sem fim).
De Guilherme Neves Pinto, escritos fofos que merecem ser lembrados. :}

Com sua licença, visse?!
::

Nayarae Artistopocuss Idealia é uma flor e isso é o máximo que se pode dizer dela sem chateá-la, afinal ela odeia rótulos, se ela ficar chateada já era, como nômade que é vai embora e só volta quando quiser.

A Naiara, nome usual da flor, é uma flor cuja definição de atípica nem de longe revelaria sua natural esquisitice, sua origem se dá da lenda da rosa revoltada, que aqui deve ser contada:

A LENDA DA ROSA REVOLTADA

Outra vez nasce outra rosa comum, em outro jardim ordinário, onde a água que as rega vem do reservatório central e não da chuva. Nós humanos não reparamos, mas entre flores também há contendas e destemperanças, certa feita no meio do canteiro uma rosa se revolta:
- Estou cansada dessa mesmice suicida, acordar uma vez por ano e ser domesticada, tratada como burguesa, antes fosse grama que vive de tudo um pouco, mas cá estou eu, não tenho nada, uma beleza ignóbil e essa falta de liberdade, tenho que achar uma solução...

Essa rosa, que além de rosa era cientista, foi, devagar mas sem cessar, determinando a solução de seu problema. O resultado disso foi a semente de uma flor que seria única e eterna, uma semente com inclinações artísticas e idéias divagantes, que pudesse crescer em qualquer lugar onde houvesse água, que se alimentasse da maneira que bem quisesse e que tivesse mobilidade para ir, vir ou ficar... daí saiu a semente de Nayarae, a Naiara.

A rosa já nem era mais rosa, era alegria, porém no dia que outras rosas descobriram que ela havia criado uma flor com tanta audácia a despedaçaram, impedindo a criação da segunda semente. Naiara foi jogada às águas do mar, as rosas malvadas acreditavam que assim morreria, pelo contrário, foi de lá que tirou forças para germinar.

Aqui a lenda confunde-se com a realidade e sabemos que Naiara saiu de dentro de uma ostra, do fundo do mar, lançou suas raízes sob a água e emergiu minutos antes de aparecerem seu caule e folhas. Sua flor abre-se só quando quer, na hora que quer, nutre-se de qualquer coisa, quando julga-se observada fecha-se toda, mas quando quer se exibir muda de cor na frente de quem estiver, ela mora por enquanto num planalto qualquer, mas vive no mundo, desde que por onde passe haja água, sua garantia de locomoção, de liberdade, de contato com a cachoeira, o mangue e o mar, há quem diga que já viu Naiara até dançando em terra firme, mas na maioria das vezes é na água, tirando o pólem de sua flor, assim como quem raspa a cabeça, que Naiara é conhecida.


::
tá sem data, mas acho que foi em 2001. Entre o segundo grau e o Calangalado.
:: conserva-se a grafia do rapaz naquela época ;)



Brigadú, Gui!

quinta-feira, 26 de março de 2009

.ai meu deusu.

.tá. depois de tanto tempo longe. venho dessa vez trazer escrivinhados de outrém.
e prometo depois - pra mim mesma. e pra mim depois - escrever mais. voltar com os planos todos dos escrivinhados. de mirabolar.
.por enquanto o bom tá é viver. (! ups. ;)

conseguiu me deixar estúpidamente - estúpidamente - vermelha. uma delícia que é ele. "ele".

procêis todos. pra cada cantim de mim saber bem donde estou. o que é acá. o que sou eu aqui. lá vai.

http://cafiforibeiro.blogspot.com/2009/03/cidade-e-ilusao-1.html

.foi. : ** :

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

.culpa deles as faltas minhas.

.UBUNTU, direção: Naná Baptista. doc.

.matutando com o diretor de foto: Daniel Donato.

.Turucutá . batucada coletiva independente.

.brigadim vocês.

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

.aterrissando.

.ô deliça que foi aquilo. brigada bunito. de coração.

sexta-feira, 18 de julho de 2008

.é tão bom chegar, e eu estou chegando.

manguinhos manguinhos manguinhos


. e uma saudade crescente no peito. coração vai pipocar. ainda bem que pipoca junto. brasília que me aguarde. naná precisa do mar. das castanheiras. de puãs e de tartarugas na rebentação. um forrózinh cai bem demais também.

.e se o parceiro é bom. ô.

.jajá chego lá.

{brasília de repente me chega junto com o parto do calango - voador. tanta saudade que dá até gosto de morar longe.} tô de cabeça avoada hoje. lá no bunito. rs.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

.ô.

Coisa tua

assim que vi você
logo vi que ia dar coisa
coisa feita pra durar,
batendo duro no peito
até eu acabar virando
alguma coisa
parecida com você
parecia ter saído
de alguma lembrança antiga
que eu nunca tinha vivido,
mas ia viver um dia
alguma coisa perdida
que eu nunca tinha tido
alguma voz amiga
esquecida no meu ouvido
agora não tem mais jeito,
carrego você no peito
poema na camiseta
com a tua assinatura
já nem sei se é você mesmo
ou se sou eu que virei alguma coisa tua


Música: Waltel Branco
Letra: Alice Ruiz

.ê lelê.

.disse tudo a moça. lá e cá. aqui e ali. bem de mim e tudo daqui. aqui em cima e ali em baixo. tudo bem explicadinho.

.né.

Se

se por acaso
a gente se cruzasse
ia ser um caso sério
você ia rir até amanhecer,
eu ia ir até acontecer
de dia um improviso,
de noite uma farra
a gente ia viver com garra
eu ia tirar de ouvido
todos os sentidos
ia ser tão divertido
tocar um solo em dueto
ia ser um riso
ia ser um gozo,
ia ser todo dia
a mesma folia
até deixar de ser poesia
e virar tédio
e nem o meu melhor vestido
era remédio
daí, vá ficando por aí,
eu vou ficando por aqui,
evitando, desviando,
sempre pensando,
se por acaso a gente se cruzasse


Letra: Alice Ruiz

segunda-feira, 12 de maio de 2008

.dificulidade.


.a saudade é enorme. do cerrado. do céu. das nuvens de mar. do azul. do rosa. do laranjão. do sol seco. da poeira vermelha. da pele que resseca. do cabelo que seca. dos cachos que vêm. eles são os que mais morrem de saudade. tão tristes e brocochôs.

.brasília dá um frio na espinha. nó na garganta. lacrimeja.

.saudade de mari. de ju. de jane. do preto. de ciranda. de cocos. de circo. de fuá e de lorota. da funfarra que nunca fui e que me chega toda semana. saudade do guapuruvú. dos flamboyants e dos ipês amarelos. de cine brasília. de choro.

.saudade do meu povo.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

.truculência da pm no carnaval de brasília. 2008.

"" Dia 04fev2008, segunda-feira de carnaval, no comércio local da 203/4 Sul, em Brasília-DF, rua que abriga durante anos as manifestações populares, onde pequenos blocos e grupos de amigos se reunem para brincar o carnaval, foi palco de cenas de truculência policial não vistas desde o período da ditadura no Brasil. A Polícia Militar do Distrito Federal, assim como o grupo de operações especiais, lançou bombas de gás lacrimogênio na população, pois queriam desocupar a rua à força. Não respeitaram os bêbes, as crianças, tampouco os idosos presentes. É um absurdo o que aconteceu. O motivo, segundo se comentou, foi a ordem do governo de não mais permitir que o povo festeje o carnaval naquele local. Querem que a "festa" ocorra em local determinado, junto ao novo Museu da República. É um absurdo. Querem acabar com uma das poucas tradições que aos poucos vai se consolidando na cidade, que é o encontro das pessoas, amigos e familiares naquela quadra comercial (203/204 Sul). É uma lástima, é uma vergonha. Diante dessa medida autoritária ao extremo só resta o protesto e a divulgação dessas imagens. As duas primeiras [1] e [2] foram feitas no dia da violência 04 de fevereiro de 2008(tinha até helicóptero - parecia caça a algum terrorista). As duas últimas [3] e [4] são da véspera, dia 03 de fevereiro de 2008, e mostram a alegria e a festa de um dos grupos presentes: o VENTOINHA DE CANUDO, pequeno conjunto de pífanos, formado por amigos que tocam belas marchinhas, frevos, xotes, cirandas etc. Não dá pra entender o ato de violência praticado. ""


NÃO houve depredação de carros ou cerco à policiais. A PM atravessou a comercial em meio à multidão que soava vaias e festejava o Carnaval pacificamente e e alegremente na entrequadra 203/204 sul, que frevava com o VENTOINHA DE CANUDO. Sem conseguir dispersar os foliões, às 20:00 da segunda de Carnaval, chegam os fardados grotescos do BOPE, atirando spray de pimenta, bombas de gás lacrimogêneoe balas de borracha na galera festiva. Uma névoa vermelha e ardida tomou conta da comercial. Haviam crianças, idosos, muitas crianças de colo e mulheres grávidas. Vi uma mulher passando muito mal, sem socorro algum do corpo de bombeiros que demorou 1h pra aparecer por lá, um senhor sendo socorrido às pressas. Dois rapazes foram presos por besteira. Estavamos todos desesperados, procurando amigos perdidos, em prantos. Helicóptero da polícia rondava com holofotes e a Patamo fazia um cerco, um conglomerado armado intimidando os foliões ainda resistentes (e paciíficos, vale lembrar). Uns 15 carros de PM e BOPE tomou conta do gramado e o trânsito continuou impedido com a força policial e foliões ainda no local por pelo menos 2 horas. Nesse tempo aparecem as mídias, chegam as tevês e jornais... Alguma coisa foi divulgada, mas nada traduz o desespero, o susto e a incompreensão da ação tão violenta e pronta pra guerra, numa "esquina" que há pelo menos 17 anos é um pedaço da nossa tradição, tão pequena na, tão nova, Capital Federal...
Houve muito bate-boca, muita incoerência e truculência nisso tudo. Difícil mesmo de entender.
Hoje, terça-feira de Carnaval, na cinzenta Brasília, foi dia de protesto, de rua 'liberada para o trânsito', e de um tímido, porém persistente, bloco de folia na asa sul. E os caras ainda fazendo a tal 'segurança' da folia no 'nosso' Carnaval, intimidando...

O que me impressionou foi a persistência. O povo ficou e encarou os guardas por pelo menos 2 horas olho no olho. Alguns poucos exaltados, arremessaram latinhas nos policiais, mas NENHUM carro foi depredado, NENHUM policial foi cercado, houve um que saiu machucado, e QUANTOS entre nós não passaram mal? Ouvi dizer de 15 crianças passando mal no Hospital de Base e outras tantas mulheres e idosos. E, dentre eles, nada de identificação, os covardes arrancaram o nome do peito, junto ao caráter, e seguiram ordens desastrosas de algum ser superior...
Os pifes do VENTOINHA DE CANUDO estão de parabéns, fizeram a alegria da moçada nos fins de tarde do Carnaval brasiliense, tão carente da folia...

.os dias de brasília.

.dias de cerrado. têm sido lindos. uma revigorada. umas alegrias. umas cachaçadas. muitos amigoos. muita música. muita terra. vermelha. alguma chuva. muito frevo. muita festa. um susto enorme. muito bope. uma temperada. me polpa que eu te cachaço. e gente nova no pedaço. queridos. floridas. dias incríveis. já esquecendo até do sul. já dando frio na barriga dos dias que chegam. dos dias que acabam.

.é muito doido essa de morar longe. tem sido delicioso voltar.

[como já dizia a delicia que é a voz de joão bosco] : 'brigadú gente'

sábado, 12 de janeiro de 2008

sábado, 5 de janeiro de 2008

.o segredo é o cheiro.

lá vai então. mais uma des - trava. mais uma boa resolução. receitas minhas. e as pizzas de ontem renderam delicias. orgasmos pro estômago. se deliciar.só que vai assim. em meias palavras. sorte vai ser lembrar.

shitaques. abóbrinha bahiana. manteiga. salada segredo. três anéis deliciosos. bambolês de dentro pra fora. uma felicidade pras papilas.

.matando a saudade.

pois então. a cidade. sem curvas e esquinas. tá linda. cerradão verdão. bem nutrido. iluminado. e sonorizado. bons ares. boas músicas. bons dias de amigos. e começou a festança. depois de natal da família. e reveillon do black. da prainha e dos orixás. dos fogos lá de longe. e do vinho de jabuticaba. tem agora ainda jantares e mais festanças com os amigos. semana passada foi uma cerva bem amiga. uma lorota boa. e uma despedida. agora foi a vez das gramas pesadas. com mais despedidas e boas - viajens. ontem ia ser um sushi. furou. mas quem chegou pra reinar foram as pizzas. isso. de li ci o sa s. saladão com segredo e frutas. abobrinhas. abóboras. e pimentões. shitaques. paris e um dorê na manteiga. manga e cerejas. seis delicias com direito a sorvete e oito amigos a sorrir. uma deliça de noite. entre sucos espumantes e chicos elis e caymmi's. teve até um paiêrinho pra fechar a noite com direito à papo mulheril. naná e suas amigas. cheia delas. pessoinhas querídas e iluminadas. só alegria. tudo pra contrariar a ana. rs. einh flô.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

.chegando. em Brasília.

Pessoas queridas!

Tô chegando em Brasília pro fim do ano.
Feliz da vida com um ano de curso finalizado em Porto Alegre. Me encantando e pensando muito cinema!

Pra fechar o ano cheio de alegrias e pra começar outro com boas lembranças é que chego em Brasília pra festejar!
Quero ver amigos, preparar aqueles clássicos jantares, curtir o saudoso som do cerrado, o barulho das cachoeiras e os sons multimusicais dessa terra!
Saudades muito disso! Dos choros, dos batuques, dos sambas.

É isso!
Convido então, vocês todos, pra virem matar a minha saudade! : } pra gente festejar muito, pra falarmos da vida e de cinema, pra ouvirmos esses sons deliciosos. Minha casa aí estará de portas abertas pressa festança! Pras visitas e pros passeios.
Chego aí no domingão próximo. Antes do natal, pra todas as festas, até o carnaval.

O telefone daí é o 32226769, o celular, que é daqui, é o (51)84099076. Se eu não ligar é porquê posso estar inebriada com os ares do cerrado (que é bem provável!). bem zen. Mas a saudade é mesmo grande e as visitas super-bem-vindas. (a gente, aqui, de longe, fica cheia de lembranças até daqueles tão sumidos, ou tão distantes, daí.)

Espero ver essas carinhas especiais. Boas festas pros que estarão longe e pros quê a gente não se esbarrar.
Um beijo. um chêro. da Naná.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

.escrivinhados fotográficos.

.vestígios.
vestígios de mim. largados pela casa. soltos pelo mundo. vestígios de naná. de brasília. de porto alegre. lembranças de manguinhos. saudades do cerrado. água no mundo. flor das águas. nascida na água. borbulhas. lágrima. saudades. descobrindo ser. um desabrochar do que levo por dentro. do que não quero que solte. traços de naná. coisas do coração. infância. cerrado. mar. cachoeira. música. calhandra. florisbela. esbugalhado. baquetas. batuques. batidas. e tambores. porradas. chilelos. xingões. limpeza. muita limpeza. p(l)u. ri. fi. ca. ção. vestígios de mim. que vim. e me perdi. me deixei. e me juntei. do coração que ficou. da carreira que vem. do arco - íris de cor. dos rosas e alaranjados do mundo maravilhoso dos filtros fotográficos. distoa. mancha. solta. arrebenta. confunde. granula. pontilha. enegrece. desvanece. dissolve. espalha. agrega. e contrasta. é preto no branco e ponto.
.muitos grãos. de mim.


.entreguei meu fotodocumentário.
finalmente. foi um parto. experimentações fotográficas. foto - xilogravura como disse um. me diverti muito. enlouqueci. e me doí toda de entregá-lo. agora só ano que vem. que tem mais. e que o terei em mãos. minha nova paixão: laboratório e filtros fotográficos.
:_}

sábado, 1 de dezembro de 2007

.casa.

. lá. de onde eu vim.


.saudade imensa da praia.

1. lembrança de caldo em manguinhos. rodopiando. debaixo dágua. naná 4 anos. água rolando. areia rolando. uma espiral maluca de água arranhado nos olhos. 2. naná moleca correndo. ponta dos fachos. peixinhos. dois fujindo de casa. correndo pela rua de chão batido. naná e um neguinho. um preto bonito. dois pequeninos. grande amigo das estripulias da infância. coisa mais linda. 3. subindo no pé do vizinho do cachorro brabo pra roubar castanha. em cima do muro da mônica. da maya loirinha. catando carambolas amarelas. estreladas e do-ces. 4. terra quente. pés descalços. naiarinha comprida de visita à manguinhos. yuriê-pentelho. manhoso. no colo da mãe. dona angela muito brava sempre. e a moleca andando nas pontas dos pés. uma quentura. mas cheia de tática naquele pé já da sola grossa. pés no chão. 5. sentindo a terra 'colada' da chuva. terra batida molhada. uma capa ressecada. uma película de grude no pé. faz abrir a poça no chão. é dia de chuva na praia. 6. naiara. angela e yuriê voltando do vagão. estação primeira de manguinhos. da castanheira pra casa de mª helena. fim de tarde. dia de sol. quente. de repente uma chuva grossa que dura algumas andadas pela areia fofa. o mar de ondas. uma delíça de chuva. os dois bobões correm pra casa. eu. que sou boba com chuva. que adoro água. fico e saboreio o momento. feliz. uma arco - íris lindo pinta o céu. atravessa as cores de manguinhos para o mar. 7. banho de mar no fim de tarde. corpo quente do dia de sol na areia. mar de ondas grandes. na pontinha final de manguinhos. da terra - mãe. sem biquíni e sem ninguém. sozinha. ondas quebrando no corpo. 8. naiara calanguinha. brasília. 406 sul. um quadradinho branco. varandas azuis. uma tartaruga que morreu na mudança. uma que se suicidou do 2º andar. outra tartaruga que morreu de solidão. 9. de visita à manguinhos. ovos na beira da praia. enterrados. micro - tartaruguinhas. desovas. lindas filhotinhas negras. muitos sorrisos e 'óooh's. corrida de tartarugas em itaúnas. uma manca. 10. uma fita - cassete. int/dia. casa da mônica. uma grande piscina de fibra de vidro redonda no centro da sala. uma morena de cachos acocorada numa beirada faz força. ela tem marcas da praia bronzeada. 1 plano fechado. minha mãe faz força. respira fundo. 2 plano médio. meu pai massageia seus ombros. 3 pan para a direita do quadro. umazinha que pede pra respirar - "respiiiiira e soooolta". 4 plano médio. trabalho de parto. uma metade de uma piscina grande. água e mamãe de cócoras. 5 pan. pablo com poucos anos. o irmão mais velho. tiaguinho miúdinho. o caçula até ali. alguns grandes amigos. e um choro de criança. careca e hélio sempre atentos. 6 plano fechado na mãe. muita respiração. força. uma cabecinha. bem serena nasce naiara. flor - das - águas. filha de antropóloga com cientísta político. alguns dias de ditadura militar entrelaçam a data. depois de uma noite de chuva. sem energia elétrica. um gato. um parto na casa da mônica. visinha da frente. madrugada à dentro e contrações. chegam amigos. chega filmadora. naiara chega. chupando dedo. dois dedões na boca denunciam a demora da chegada. 7 plano geral da piscina. alguns minutos nadando. boiando na água de sangue. temperatura corporal. silêncio imenso. sossego. alívio. uma festança de recepção e a pequena silenciosa. 8 plano médio. alguém me tira os dedos e abro o berreiro. choro. cordão umbilical. um abraço de mãe.
.dia de feijoada capixaba.





até hoje preciso de alguns momentos de silêncio absoluto. em baixo d'água. sem respiração. só as batidas do coração. as ondas da água cantando.

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

.parafraseando.

porto alegre. cidade grande. não gosto.

.ô.coisa boa.


irmão. de longe é bão.

.breve. porquê falta.

.falta escrever mais. um lembrete pra mim. coisas borbulhando. mas nada sai agora. muita coisa na cabeça. muito sono nos olhos. muito cansaço no corpo. muita responsa pra assumir. uma saudade pra tomar conta. e um ano pra terminar. lá na frente outro vai começar. que comece bem.. . . . . . . .. .. . agora só quero que cheguem aqueles dias que ontem me sorriram tanto. de uma coisa que me saltitou aqui dentro.
boa. noite. eu.

domingo, 4 de novembro de 2007

.rodopiando. o. parágrafo.

o que mais me rouba pensamento hoje em dia é isso. um deles - quem sabe abro o coração lá na frente pra falar de mais outros. - é o tal cinema. essa coisa de não saber como vai trabalhar. como ganhar grana daqui há dois anos. quando já tiver formada. se vou conseguir mesmo trampar com cinema. se vai dar pé. e pior. se eu tenho mesmo o jeito pra coisa. se vou fazer direção de arte montagem som direção. se um dia vou ser uma puta diretora de arte. se tenho cacife pra isso. uma puta responsa. é um universo imenso de possibilidades. de moldar o mundo onde acontece o filme. criar conceitos. tudo parte e tem fim nisso. nos tais conceitos. o que é foda também é foto. a.d.o.r.o. foto. só não tenho o dom. só. não me sinto a vontade com a máquina analógica - que tem sido minha paixão. - ainda. fico afobada com o que tô fotografando. não consigo focar. mas é assim na vida toda. ler um livro e segui adiante. ao invés de rodopiar no mesmo parágrafo. ler vezes a mesma página. até perceber que aquele mosquitinho zunindo a formiga fazendo o rastro os pés que passam caminhando meus dedos que inventam uma marcação. um ritmo. o melhor é quando tô num lugar que não tem mais pra onde fugir. que já me entedia. o bendito - trensurb. lá é meu paraíso de leitura. 3 horas diárias contando com o carris - já que é pra falar em nome de empresas. trensurb aqui é o metrô de superfície. carris é a empresa da minha linha de ônibus. - é um bom tempo pra ler. ao invés de ficar batendo papo numa ¹/2 hora desperdiçada indo de carro rapidinho para a aula.
não que de quando em vez não seje bão!

.novidade.

um curta - metragem. Café da Manhã. um dia já chamado filhinho da mamãe. vai estar no FIC, esse mês agora em Brasília. a direção é de Chico Acioli. eu. entre tantos - poucos da equipe. fiz a arte. direção de arte. minhas opiniões eram controversas. sobre o filme. ainda não sei do que deu. mas Chico tá feliz.


fica aqui o convite. quem quiser ir lá prestigiar. que vá. a proposta do festival é incentivar novas produções brasilienses. novos 'videoastas'. sucesso pra nós. ô jornada.

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

.saí da prisão. uma crônica.

uma história totalmente inversa

tava na parade de ônibus. no corredor do mercado. esgueirada à sombra da semi-chuva portolaegrense. uma fila se formando. meio que fila. meio que torta. duas se separaram, uma pra cada lado. um casal ficou. aos beijos. e eu com meus livros e roteiros mal resolvidos de cinema. vem e chega um rapaz pra me pedir algo. minha primeira reação: tenho nada não. os olhos azuis me encaravam nos meus verdes. pede uma conversa. com um tanto de simpatia. um tanto de curiosidade. ele conta que acaba de sair da prisão. da condicional. que tem um papel que deveria deixá-lo de ônibus em casa. o papel só vale pra porto alegre. o destino é guaíba. não tem um tostão no bolso. saiu da prisão. ele quer voltar pra casa. aquele tanto de siceridade e o meu rio branco/anita chegando. eu não acredito que ajudo de alguma forma dando grana. dinheiro. pra fome dá-se um pão. compra um lanche que goste. pega na mão e alimenta o estômago. grana. das verdinhas. servem pra comprar cola. enganar a fome. dei à ele uma fichinha cor-de-rosa. passagem escolar que vira dinheiro na primeira curva do quadradão mercado central. entreguei a ficha. olhei nos mesmos olhos tão azuis. se cuide. e não apronte mais. entrei no ônibus. cada degrau era uma facada cruel de justiça. quem era aquele cara. o que ele fez. eu tô ajudando quem. e se ele fez algo muito ruim. e se não fez nada de mais. e se era mesmo sincero. sentei no fundo do ônibus. um misto de me esconder. misto de procurar aquele rosto. a viajem segui. e só me deixava abismada com o quê me mexeu. aonde que aquila história dele me tocou. se ele tava na cadeia devia ser um criminoso. ou não. ou sim. tamanha sinceridade foi que me tocou. os olhos nos olhos. a idade de quem podia ser qualquer amigo meu. .qualquer dos meus bons amigos. algum que um dia plantou um pé na calha. ou o que levou o pé no carro. ao meio - dia assustado. um cara de boa. .e se o cara foi preso por uma besteira qualquer. e se eu fiz a diferença. num mundo onde não se confia em ningém. onde não se estende à mão. onde as pessoas não têm espaço pra mudar. com medo. e sem saber se posso respirar fundo. aliviada. quero acreditar que ele acredite que foi um gesto de confiança. mais que isso. de acreditar nele.

naná baptista.

sexta-feira, 02 de novembro de 2007. 00:34

De Boas - Vindas

uma idéia nova. de coisas de mim. sobre mim. escrever um pouco pra espairecer. como vir à mente. em tempo real. uns escrivinhados pra mim. uns textículos pros amigos. alguma coisa preu publicar. porque faz parte da minha vida agora acreditar. me expor. dar a cara à tapa. perder o medo. o medo de mim. do que sou capaz. das minhas dúvidas e das minhas vontades. tomara que dê certo. espero que alguém leia. que dêem palpites. comentários. qualquer coisa de bom. ou não. ou sim. um pouco pra ficar perto dos amigos. das pessoas queridas. que eu acho que nem sabem disso. nunca falei. devem sentir que são queridas. bons amigos. queridos. aqueles de quem eu sempre estive longe. mas perto. que eu nunca procurei. por vergonha. que eu nunca soube fazer uma amizade. mas admirava. é tempo de renovar criar coisas boas. fazer. dormir menos. abraçar o travesseiro mais cedo. me enfronhar no lençol dar um estarte no dia logo cedo. curtir mais o sol. o a brisa da manhã. criar coragem pra fazer exercícios achar vontade. daquilo que eu sempre achei que devia ser uma deliça. tecido acrobacias mergulho remo meditar caminhar. passear com algum cachorro invísivel. só pra andar sem rumo. por aí. dançar. dança afro. arrepiar sorrir ficar feliz. aprender a gostar disso aqui de estar aqui. de sumir de brasília e vir pro sul. de deixar as asas do planalto e me enfurnar nas quadras assimétricas porto alegrenses. do seco pela humidade. dos cachos pelo frizz. das cachús pelo... das cachús que mesmo de longe a gente sentia o cheiro. o gostinho de cerrado de terra vermelha. poeira no ar. ficar um pouco mais longe das cachaças do seu valdomiro do araticum do guapuruvú dos ipês amarelos frondosos da prima vera. o canto das cigarras. de saudade das bissinhas da sambada dos piqueniques no grande eucalipto. os patos do parque. o som. horizonte vermelho. por - do - sol refletido. tambores. pé de cerrado seu estrelo marambaia plano b casa de farinha toró de palpite gaita cromática flauta transversa baldolim chorinho com pão de queijo suíço baquetas pratos tons e um surdo pintado. saudades. grande. um amor. um carinho. abês e um tal calango. verde. vermelho. amarelo. seco. tesourinhas e caminhadas por dentro das quadras por baixo dos prédios. parquinhos. escola - parque. cine - brasília ccbb calaf arena 508. cinema. os curtas as aventuras a paixão. fazer cinema pra estudar cinema. troquei. será. porto alegre. brasília. brasília. .som roteiro arte montagem linguagem crítica história. coisa que vem. e que fica. talvez seja hora de começar outra vez. não tudo de novo. mas pela primeira vez. um jeito novo. dar a cara a tapa. um pouquinho de cada vez. mas é assim que deve ser. que siga a vida. e pode mandar vir. o. drinque. um brinde.

(os pontos de esclamações !!!!! ou interrogações ???? ficam por sua conta. nesse texto à lá saramago.)

então. sejam bem - vindos. podem falar à vontade. pra fazer parte de mim. é pra ficar perto quem tá longe.