.vá subindo. rodopiando a página de baixo pra cima. antes pode ler um pedaço de mim cá ao lado. depois da leitura rodopiante arrodeie pela direita. de cima pra baixo. leia. ouça. veja. e sinta.

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

.parafraseando.

porto alegre. cidade grande. não gosto.

.ô.coisa boa.


irmão. de longe é bão.

.breve. porquê falta.

.falta escrever mais. um lembrete pra mim. coisas borbulhando. mas nada sai agora. muita coisa na cabeça. muito sono nos olhos. muito cansaço no corpo. muita responsa pra assumir. uma saudade pra tomar conta. e um ano pra terminar. lá na frente outro vai começar. que comece bem.. . . . . . . .. .. . agora só quero que cheguem aqueles dias que ontem me sorriram tanto. de uma coisa que me saltitou aqui dentro.
boa. noite. eu.

domingo, 4 de novembro de 2007

.rodopiando. o. parágrafo.

o que mais me rouba pensamento hoje em dia é isso. um deles - quem sabe abro o coração lá na frente pra falar de mais outros. - é o tal cinema. essa coisa de não saber como vai trabalhar. como ganhar grana daqui há dois anos. quando já tiver formada. se vou conseguir mesmo trampar com cinema. se vai dar pé. e pior. se eu tenho mesmo o jeito pra coisa. se vou fazer direção de arte montagem som direção. se um dia vou ser uma puta diretora de arte. se tenho cacife pra isso. uma puta responsa. é um universo imenso de possibilidades. de moldar o mundo onde acontece o filme. criar conceitos. tudo parte e tem fim nisso. nos tais conceitos. o que é foda também é foto. a.d.o.r.o. foto. só não tenho o dom. só. não me sinto a vontade com a máquina analógica - que tem sido minha paixão. - ainda. fico afobada com o que tô fotografando. não consigo focar. mas é assim na vida toda. ler um livro e segui adiante. ao invés de rodopiar no mesmo parágrafo. ler vezes a mesma página. até perceber que aquele mosquitinho zunindo a formiga fazendo o rastro os pés que passam caminhando meus dedos que inventam uma marcação. um ritmo. o melhor é quando tô num lugar que não tem mais pra onde fugir. que já me entedia. o bendito - trensurb. lá é meu paraíso de leitura. 3 horas diárias contando com o carris - já que é pra falar em nome de empresas. trensurb aqui é o metrô de superfície. carris é a empresa da minha linha de ônibus. - é um bom tempo pra ler. ao invés de ficar batendo papo numa ¹/2 hora desperdiçada indo de carro rapidinho para a aula.
não que de quando em vez não seje bão!

.novidade.

um curta - metragem. Café da Manhã. um dia já chamado filhinho da mamãe. vai estar no FIC, esse mês agora em Brasília. a direção é de Chico Acioli. eu. entre tantos - poucos da equipe. fiz a arte. direção de arte. minhas opiniões eram controversas. sobre o filme. ainda não sei do que deu. mas Chico tá feliz.


fica aqui o convite. quem quiser ir lá prestigiar. que vá. a proposta do festival é incentivar novas produções brasilienses. novos 'videoastas'. sucesso pra nós. ô jornada.

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

.saí da prisão. uma crônica.

uma história totalmente inversa

tava na parade de ônibus. no corredor do mercado. esgueirada à sombra da semi-chuva portolaegrense. uma fila se formando. meio que fila. meio que torta. duas se separaram, uma pra cada lado. um casal ficou. aos beijos. e eu com meus livros e roteiros mal resolvidos de cinema. vem e chega um rapaz pra me pedir algo. minha primeira reação: tenho nada não. os olhos azuis me encaravam nos meus verdes. pede uma conversa. com um tanto de simpatia. um tanto de curiosidade. ele conta que acaba de sair da prisão. da condicional. que tem um papel que deveria deixá-lo de ônibus em casa. o papel só vale pra porto alegre. o destino é guaíba. não tem um tostão no bolso. saiu da prisão. ele quer voltar pra casa. aquele tanto de siceridade e o meu rio branco/anita chegando. eu não acredito que ajudo de alguma forma dando grana. dinheiro. pra fome dá-se um pão. compra um lanche que goste. pega na mão e alimenta o estômago. grana. das verdinhas. servem pra comprar cola. enganar a fome. dei à ele uma fichinha cor-de-rosa. passagem escolar que vira dinheiro na primeira curva do quadradão mercado central. entreguei a ficha. olhei nos mesmos olhos tão azuis. se cuide. e não apronte mais. entrei no ônibus. cada degrau era uma facada cruel de justiça. quem era aquele cara. o que ele fez. eu tô ajudando quem. e se ele fez algo muito ruim. e se não fez nada de mais. e se era mesmo sincero. sentei no fundo do ônibus. um misto de me esconder. misto de procurar aquele rosto. a viajem segui. e só me deixava abismada com o quê me mexeu. aonde que aquila história dele me tocou. se ele tava na cadeia devia ser um criminoso. ou não. ou sim. tamanha sinceridade foi que me tocou. os olhos nos olhos. a idade de quem podia ser qualquer amigo meu. .qualquer dos meus bons amigos. algum que um dia plantou um pé na calha. ou o que levou o pé no carro. ao meio - dia assustado. um cara de boa. .e se o cara foi preso por uma besteira qualquer. e se eu fiz a diferença. num mundo onde não se confia em ningém. onde não se estende à mão. onde as pessoas não têm espaço pra mudar. com medo. e sem saber se posso respirar fundo. aliviada. quero acreditar que ele acredite que foi um gesto de confiança. mais que isso. de acreditar nele.

naná baptista.

sexta-feira, 02 de novembro de 2007. 00:34

De Boas - Vindas

uma idéia nova. de coisas de mim. sobre mim. escrever um pouco pra espairecer. como vir à mente. em tempo real. uns escrivinhados pra mim. uns textículos pros amigos. alguma coisa preu publicar. porque faz parte da minha vida agora acreditar. me expor. dar a cara à tapa. perder o medo. o medo de mim. do que sou capaz. das minhas dúvidas e das minhas vontades. tomara que dê certo. espero que alguém leia. que dêem palpites. comentários. qualquer coisa de bom. ou não. ou sim. um pouco pra ficar perto dos amigos. das pessoas queridas. que eu acho que nem sabem disso. nunca falei. devem sentir que são queridas. bons amigos. queridos. aqueles de quem eu sempre estive longe. mas perto. que eu nunca procurei. por vergonha. que eu nunca soube fazer uma amizade. mas admirava. é tempo de renovar criar coisas boas. fazer. dormir menos. abraçar o travesseiro mais cedo. me enfronhar no lençol dar um estarte no dia logo cedo. curtir mais o sol. o a brisa da manhã. criar coragem pra fazer exercícios achar vontade. daquilo que eu sempre achei que devia ser uma deliça. tecido acrobacias mergulho remo meditar caminhar. passear com algum cachorro invísivel. só pra andar sem rumo. por aí. dançar. dança afro. arrepiar sorrir ficar feliz. aprender a gostar disso aqui de estar aqui. de sumir de brasília e vir pro sul. de deixar as asas do planalto e me enfurnar nas quadras assimétricas porto alegrenses. do seco pela humidade. dos cachos pelo frizz. das cachús pelo... das cachús que mesmo de longe a gente sentia o cheiro. o gostinho de cerrado de terra vermelha. poeira no ar. ficar um pouco mais longe das cachaças do seu valdomiro do araticum do guapuruvú dos ipês amarelos frondosos da prima vera. o canto das cigarras. de saudade das bissinhas da sambada dos piqueniques no grande eucalipto. os patos do parque. o som. horizonte vermelho. por - do - sol refletido. tambores. pé de cerrado seu estrelo marambaia plano b casa de farinha toró de palpite gaita cromática flauta transversa baldolim chorinho com pão de queijo suíço baquetas pratos tons e um surdo pintado. saudades. grande. um amor. um carinho. abês e um tal calango. verde. vermelho. amarelo. seco. tesourinhas e caminhadas por dentro das quadras por baixo dos prédios. parquinhos. escola - parque. cine - brasília ccbb calaf arena 508. cinema. os curtas as aventuras a paixão. fazer cinema pra estudar cinema. troquei. será. porto alegre. brasília. brasília. .som roteiro arte montagem linguagem crítica história. coisa que vem. e que fica. talvez seja hora de começar outra vez. não tudo de novo. mas pela primeira vez. um jeito novo. dar a cara a tapa. um pouquinho de cada vez. mas é assim que deve ser. que siga a vida. e pode mandar vir. o. drinque. um brinde.

(os pontos de esclamações !!!!! ou interrogações ???? ficam por sua conta. nesse texto à lá saramago.)

então. sejam bem - vindos. podem falar à vontade. pra fazer parte de mim. é pra ficar perto quem tá longe.